Convivência

Justiça suspende pintura de grafite em prédio tombado em São Paulo


Postada em 28/11/2019 às 11:46
Por Revista Área Comum

Reprodução/TV Globo

O dono de um dos 15 prédios que fazem parte do projeto de grafite “Aquário Urbano” entrou na Justiça para barrar a obra. O edifício Renata Sampaio Ferreira, que fica no Centro de São Paulo, é tombado pelo patrimônio histórico municipal.

Na semana passada, o administrador do prédio registrou um boletim de ocorrência por crime ambiental com especificação de pichação após ver um guindaste usado pelos artistas estacionado no edifício vizinho. No dia seguinte, a pintura recomeçou. O administrador, então, chamou a PM, que levou o produtor cultural idealizador do projeto, Kleber Pagú, para a delegacia. Ele foi liberado depois de assinar um termo circunstanciado.

A Justiça concedeu, ainda na semana passada, uma liminar paralisando a obra. Na sentença, a juíza Lúcia Campanhã afirma que, apesar da relevância do trabalho artístico, o edifício é tombado e os proprietários não concordam com a obra.

A magistrada determinou multa de R$ 50 mil por dia caso a determinação não seja
cumprida. Além disso, ordenou que o grafite seja apagado.

Pagú, por sua vez, disse que o projeto tem como objetivo a instalação de uma obra de caráter público, que atende diversas demandas do Centro de São Paulo, um lugar que se encontra atualmente abandonado. Ele destacou que o edifício em questão estava há mais de cinco anos sem receber pintura.

O projeto - A ideia para a criação do “Aquário Urbano” surgiu em 2017. As pinturas começaram a sair do papel neste ano e a previsão é de que a obra fique pronta até o Carnaval de 2020.