Manutenção

Chuvas podem causar estragos no condomínio; saiba como preveni-los


Postada em 10/02/2020 às 07:55
Por Marília Montich

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O verão e suas chuvas ainda estão entre nós. E precipitações desta estação acendem sinal de alerta imediato. Enchentes, alagamentos e deslizamentos logo vêm à cabeça. As vias públicas e áreas de risco são os locais mais afetados, porém os condomínios também estão sujeitos a estragos. Infiltrações em telhados, transbordamento de calhas e alagamento de garagens subterrâneas são alguns dos principais danos.

Para evitar esses e outros problemas, a recomendação número um diz respeito à limpeza. “Limpe as calhas dos telhados e as saídas pluviais (ralos) a cada seis meses e verifique-as periodicamente. Em regiões com enchentes recorrentes, é recomendado que comportas sejam instaladas nas entradas de garagens para que o fluxo de água seja controlado”, diz Leonardo Boz, fundador da administradora de condomínios LAR.

É necessário estar com todas as manutenções e seguro do residencial em dia, para que se houver algum prejuízo, o síndico esteja coberto e possa recorrer. O fato é que prevenir é sempre melhor que remediar.

No entanto, se uma enchente atingir o condomínio em cheio, é hora de agir para minimizar ao máximo os transtornos. “A primeira atitude do síndico é a de buscar saber se alguma pessoa teve sua integridade física afetada, além de acionar o Corpo de Bombeiros e o seguro condominial o mais rápido possível. O síndico precisa certificar-se também de que todas as manutenções necessárias foram realmente realizadas”, orienta o fundador da LAR.

Contratar uma perícia é outra excelente atitude, pois vai determinar de quem é o dever de arcar com as despesas decorrentes dos problemas gerados. “Se a responsabilidade for da prefeitura, o primeiro passo é procurar os canais de atendimento para comunicar o ocorrido e tentar uma conciliação. Se isso não funcionar, não restará outra alternativa senão a de buscar o ressarcimento pela via judicial.”

As chuvas são de verão, mas a preocupação em relação a elas deve existir em todas as estações do ano. “Se o síndico espera a época de chuvas para pensar na prevenção, provavelmente não conseguirá ser eficaz. Manter as manutenções preventivas do condomínio em dia não diminuem apenas o impacto de enchentes, mas também de qualquer outro evento natural que possa acontecer”, explica Boz.

Moradores também têm papel importante

O síndico, claro, tem a responsabilidade maior de zelar pelo condomínio. Mas os moradores também podem – e devem – auxiliar nessa missão.

“O papel dos condôminos começa bem antes, tomando atitudes simples, como manter as áreas comuns limpas, certificando-se de despejar embalagens, papéis e demais resíduos e lixo em lixeiras e locais adequados”, aponta o fundador da administradora.

Para o especialista, o morador tem ainda o papel ativo de cobrar o conselho e o síndico sobre a atualização e certificação de que as manutenções preventivas estejam em dia, questionar se todas as medidas de prevenção, como limpeza de calhas e ralos, estão em ordem e se as bombas de escoamento de água têm capacidade certificada.

Em dias de chuva forte, todos devem se manter longe de piscinas ou campos muito abertos do condomínio e redobrar a atenção. “É muito importante que se evite transitar pelas áreas mais baixas, como subsolos e garagens. Evite entrar com o carro na garagem se a entrada estiver comprometida com a força da água e não corra nas áreas externas do condomínio, evitando quedas e acidentes. Importante lembrar que as áreas molhadas devem estar sinalizadas corretamente de acordo com a NBR 5419/2015”, finaliza.